Quem nunca acabou modificando ou duplicando um arquivo em seu próprio computador pessoal ou, pior, na empresa onde trabalha? Isso pode até não ter grandes consequências quando lidamos com documentos simples em nossos próprios notebooks, mas é extremamente perigoso em um ambiente corporativo, visto que afeta diretamente na integridade de dados.

Também, é preciso considerar que o próprio acesso às informações corporativas deve ser resguardado para evitar violações externas. Assim como a tarefa de garantir a precisão dos dados que serão transformados em conhecimento relevante para o negócio.

Isso tudo pode ser feito por meio de uma política de integridade de dados. Neste post, falaremos mais sobre o conceito, as vantagens de integrá-lo à rotina empresarial e como fazer isso.

Boa leitura!

O que é a integridade de dados?

Esse conceito tem a ver com a confiabilidade das informações em todo o seu ciclo de vida. Ainda, verificação de falhas e validação, assim como a análise de elementos duplicados, são ações comuns para garantir a integridade e tornar esse processo parte integral da cultura da empresa.

Devemos fazer uma distinção conceitual: integridade não é a mesma coisa que segurança ou qualidade dos dados. Contudo, os três termos estão relacionados, então vale a pena buscar uma diferenciação. A segurança dos dados tem a ver com as medidas tomadas para proteger as informações corporativas contra o uso indevido e não autorizado.

Ela inclui, além da integridade, técnicas e políticas para tornar os dados acessíveis somente às pessoas que realmente precisam visualizá-los, ou seja, são técnicas de confidencialidade. Assim, podemos dizer que o objetivo de uma política de segurança é proteger os dados corporativos, estruturados ou não, contra possíveis violações. Desse modo, a segurança dos dados é um dos aspectos da segurança da informação.

Outra faceta é a qualidade desses elementos. É ela que garante que os dados armazenados estejam em conformidade com os padrões de trabalho da empresa e a precisão dos dados, para que os dados possam trazer insights valiosos e corretos para a organização.

Portanto, podemos dizer que a integridade dos dados é uma faceta do trabalho que serve de base tanto para segurança da informação quanto para a qualidade de dados de uma organização. Isso serve para explicar a importância da manutenção de uma política para lidar com esse trabalho e a necessidade de contar com parceiros especializados para fazer a auditoria dos dados.

Por que é importante manter a integridade de dados?

Hoje, o trabalho com dados é essencial para qualquer empresa, uma vez que as informações coletadas em meios digitais tornam a tomada de decisão mais precisa. Isso influencia diversos setores da empresa, desde as campanhas de marketing até as ações do setor financeiro do negócio. Contudo, para que isso ocorra, é necessário ter dados precisos e sem duplicatas. Quanto mais claros, consistentes e confiáveis eles sejam, maiores as chances de que eles consigam embasar as decisões dos gestores.

Além disso, buscar a integridade dos dados também é fundamental por conta das melhorias na acessibilidade. Isso porque é importante ter informações à mão na hora de apresentações aos clientes ou projeções, por exemplo. Contudo, o acesso às informações da empresa tem dois aspectos importantes: é preciso tornar mais fácil a vida daqueles que estão autorizados a visualizá-los e dificultar o trabalho de quem tenta violar essas regras.

Quando essa política de acesso não é feita da maneira correta, a empresa compromete a sua segurança. Um exemplo é a possibilidade de que qualquer colaborador consiga alterar dados cruciais para o negócio. Isso facilita o comprometimento da performance e vantagem competitiva do negócio.

Portanto, também é trabalho da integridade dos dados estabelecer políticas de alterações bem definidas.

Quais são seus diferentes tipos?

Agora, falaremos um pouco dos variados modelos de integridade de dados.

Integridade física

Esse tipo visa a proteção dos dados contra acontecimentos externos, como falta de energia, tentativas de invasão por hackers ou até mesmo desastres naturais que possam comprometer a estrutura física. Também, se encaixam aqui problemas como falhas humanas ou no armazenamento.

Integridade lógica

Tem a ver com a racionalidade dos elementos presentes no banco de dados relacionais. Ela se divide em quatro tipos.

Integridade da entidade

Esse modelo depende da criação de chaves primárias ou valores próprios destinados a classificar os itens. Aqui, o intuito é garantir que os dados não se repitam — isto é, que não estejam registrados diversas vezes. Além disso, outra preocupação é evitar campos nulos nas tabelas. A integridade da entidade é um recurso essencial de um banco de dados relacionais, uma vez que essa ferramenta armazena dados em formato tabular.

Integridade referencial

Já a modalidade referencial tem a ver com vários procedimentos destinados a garantir o armazenamento adequado e consistente dos dados, tal como o uso eficiente deles. É ela que determina que adições, alterações ou remoções somente ocorram por meio de normas implantadas na estrutura e se relacionem à maneira como as chaves são usadas.

Entre essas normas podem ser inseridas condições que consigam remover registros de dados duplicados, assim como regras que demonstrem que os itens são precisos e que também proíbam a gravação de elementos inadequados.

Integridade de domínio

Trata-se de uma variedade de procedimentos destinados a garantir a precisão de cada um dos dados presentes em um domínio — que pode ser definido como um conjunto de valores adequados em uma determinada coluna. Esse tipo de integridade abrange normas e outras determinações que restringem formato, modelo e volume dos elementos registrados em um banco de dados. Por isso, ela é importante para garantir que todas as colunas em um banco estejam presentes em um domínio definido.

Integridade definida pelo usuário

Por fim, essa modalidade é composta por normas definidas pelo operador para atender a certos requisitos específicos. É importante notar que, muitas vezes, os modelos anteriores não são suficientes para garantir a proteção e o refino dos dados. Assim, essa integridade permite que regras específicas da organização possam ser integradas aos processos para atender aos padrões próprios da empresa.

Quais são as principais ameaças à integridade de dados?

Podemos elencar alguns fatores que costumam afetar a integridade dos dados armazenados. Um dos mais comuns é o erro humano, quando os usuários de um determinado sistema inserem informações incorretas ou até mesmo dupliquem ou excluam dados. Além disso, não seguir protocolos determinados pela empresa também afeta a integridade. Outro erro comum tem a ver com as falhas na transferência, quando os dados não são transmitidos de forma precisa de um banco para outro.

Vírus e bugs também são responsáveis pelo comprometimento da integridade. Assim, malwares e softwares mal-intencionados podem ocasionar a invasão do sistema por parte de hackers. Falhas em hardwares, que ocasionem problemas de funcionamento de dispositivos, também devem ser evitados por meio de manutenções específicas. Portanto, busque a ajuda de profissionais da área para entender melhor o que deve ser feito para garantir um ciclo de vida útil dos ativos.

Como uma empresa especializada pode ajudar?

Lidar com política de dados é uma tarefa complexa, principalmente para empresas que já contam com um amplo fluxo de trabalho. Uma boa ideia é buscar o auxílio de profissionais que entendam bem da área, buscando o apoio externo para lidar com a necessidade de ter informações mais precisas.

Além disso, outras ações são importantes para garantir essa integridade. A primeira delas é limitar o acesso irrestrito, alterando permissões. O objetivo aqui deve ser restringir a possibilidade de modificações nos dados por pessoas não autorizadas. A empresa também deve se concentrar na validação dos dados para garantir a precisão. Os backups devem ser regulares, sendo que essa é uma das tarefas nas quais os parceiros externos podem ser empregados para automatizar a prática.

Outra ação importante é usar logs para monitorar quando os dados são inseridos, modificados ou apagados. Por fim, os gestores devem determinar auditorias internas sistemáticas como meio de manter a proteção e a atualização das informações.

Como pudemos ver no artigo, a integridade dos dados é bastante relevante para a empresa, uma vez que abarca diferentes ações: a proteção, o acesso e as políticas mais abrangentes de segurança das informações. A boa notícia é que esse trabalho pode ser feito com o auxílio de especialistas do setor, otimizando as rotinas produtivas da organização.

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