Governança corporativa e compliance: o que é preciso saber sobre o tema?

12/04/2021

Tags:auditoria de segurança, Compliance, frameworks de segurança, gestão de riscos, Governança corporativa, LGPD

No cenário empresarial moderno, a governança corporativa e compliance se tornaram tendências em segurança, maturidade, transparência e, sobretudo, na confiabilidade das organizações. Assim, cada vez mais empresas de todo o mundo estão reconhecendo a importância de aplicar esses conceitos no seu dia a dia.

Contudo, apesar dos avanços significativos, os desafios para se adequar a esse modelo de atuação ainda são grandes, e muitos negócios nem sequer chegaram à fase inicial de transição. Quer entender o que é preciso para sair na frente dos adversários e implementar a estratégia de maneira bem-sucedida?

Nesse post, explicamos os principais ensinamentos acerca do tema. Entenda melhor com a leitura completa do artigo.

O que é governança corporativa?

A governança corporativa nada mais é do que um conjunto de práticas que buscam estabelecer uma imagem sólida e de credibilidade do entre o alto escalão de uma empresa e os órgãos de fiscalização. Consequentemente, ela também reflete na forma como o negócio é visto pelo mercado.

Podemos dizer que a governança corporativa surge da necessidade de organizar os interesses entre os profissionais que estão diretamente envolvidos na administração do negócio — sócios, acionistas, conselho de administração.

Nesse cenário, a governança pode ser interpretada como estratégias para a garantir a preservação das expectativas de todos os envolvidos, para que, no fim das contas, as métricas sejam transformadas em resultados mensuráveis e palpáveis.

Logo, a governança corporativa é sinônimo de práticas transparentes, tratamento igualitário entre os membros da diretoria, cumprimento de obrigações perante a justiça, investidores, parceiros, clientes e fornecedores, bem como a responsabilidade com os resultados.

O que é compliance?

O termo compliance tem origem no verbo inglês “comply“, que pode ser traduzido como: agir em conformidade com as regras.

Trazendo esse conceito para o cenário empresarial, o compliance diz respeito a um programa que é aplicado no intuito de alinhar a organização com as normas que regem a atividade por ela desempenhada.

Trata-se de uma postura ética que deve fazer parte da conduta interna e externa do negócio. Estar em compliance é implementar na estrutura da empresa elementos como:

normas orientadoras;
código de conduta;
fiscalização;
campanhas de comunicação interna;
auditoria;
denúncias de irregularidades.

Nesse contexto, para se atingir os resultados e a credibilidade esperada, os profissionais responsáveis pela área devem conhecer a fundo as leis que regulam a atividade, e identificar em quais aspectos a empresa ainda se encontra desalinhada com o texto legal.

Lembrando que, o programa de compliance funciona como uma medida preventiva, o intuito é evitar e não remediar problemas. Por isso, não se pode esperar um histórico de corrupção ou condutas inapropriadas para que ele seja colocado em prática.

Ao contrário da governança corporativa, o compliance dedica-se exclusivamente à elaboração das políticas internas. Embora essas medidas não sejam obrigatórias, o fato de ignorar um modelo de atuação como esse deixa as empresas mais expostas a riscos.

Qual a importância da governança corporativa e compliance?

No mundo empresarial moderno, a governança corporativa é um requisito obrigatório aos que desejam sobreviver e aproveitar as melhores oportunidades para se posicionar no topo do mercado.

A justificativa é simples! Ninguém quer investir dinheiro ou qualquer outro ativo em uma companhia que enfrenta escândalos de corrupção, não tem um funcionamento transparente, apresenta muitas falhas em seus processos ou não se preocupa com questões ambientais.

Em outras palavras, com as boas práticas de governança corporativa, é possível transmitir segurança e credibilidade para atrair novos investidores e fidelizar clientes. Por isso ela é tão importante.

No caso do compliance, não é diferente. Adotar a estratégia também beneficia as organizações em muitos aspectos, especialmente no item competitividade.

Tudo começa com os níveis de transparência e maturidade da gestão, que se tornam mais elevados. Externamente, a empresa consegue fortalecer a sua imagem e atrair melhores oportunidades de parcerias e investimentos.

No ambiente interno, as diretrizes do compliance têm como resultado uma gestão mais efetiva em setores-chave, como o comercial, o trabalhista e o financeiro.

Além disso, o programa contribui para que cada colaborador entenda o seu papel dentro da organização e tenham mais clareza sobre as metas a serem atingidas.

Uma administração baseada na gestão de risco e compliance está preocupada não somente com a qualidade dos produtos ou serviços, mas com a idoneidade e os valores gerados para o seu público, parceiros, fornecedores e equipes.

Quais as melhores práticas de governança corporativa e compliance?

Desenvolver e implementar uma política de governança corporativa e compliance é um grande desafio. Mas algumas dicas podem ajudar você nessa missão. Veja quais são elas!

Defina hierarquias

A falta de um senso de liderança bem definido pode fazer com que os profissionais tenham sua capacidade de entrega comprometida. Para que todos estejam cientes das suas responsabilidades e, sobretudo, saibam a quem reportar um eventual problema, é essencial que haja hierarquia.

Esse escalonamento reforça a visão do profissional sobre os seus compromissos com a empresa e, consequentemente, aumenta as chances da estratégia funcionar.

Logo, a hierarquia representa um grande diferencial para que os objetivos e metas da governança corporativa e compliance sejam alcançados.

Se um colaborador atua em mais de uma equipe, e recebe orientações de diferentes gestores, por exemplo, isso abre margem para erros sobre prioridades e prestação de contas das suas tarefas.

Tenha diretrizes bem-definidas

Antes de colocar em prática a governança corporativa e compliance, é preciso se certificar de que todos os colaboradores têm acesso às normas e condutas da empresa.

E a melhor forma de garantir o contato com todas essas informações é desenvolver um documento que oriente sobre — permissões e proibições, além das consequências para o caso de alguma regra ser quebrada.

Portanto, elaborar um guia de conduta e ética profissional, servirá para garantir o alinhamento de todos os envolvidos com as boas práticas cultivadas pela organização.

Esse tipo de ação é de extrema relevância para empresas que trabalham no setor financeiro e lidam diariamente com dados sensíveis de seus clientes, pois evitam as penalidades da LGPD.

Registre as decisões e direcionamentos

O controle administrativo eficiente está diretamente ligado ao registro de todas as decisões importantes tomadas na companhia. Uma vez que, tal documentação permite o acompanhamento do progresso organizacional, inclusive nas áreas de governança corporativa e compliance.

Já imaginou se a empresa precisa prestar contas ou apresentar balanços, mas não existe nenhuma anotação formal nesse sentido? Isso certamente comprometeria a sua credibilidade diante dos órgãos de fiscalização e também futuros investidores.

Além disso, a consolidação de informações será decisiva para uma auditoria de segurança e mensuração do desempenho interno. Os registros proporcionam um controle maior sobre suas ações e respectivos resultados, de modo que os gestores consigam entender e corrigir possíveis falhas rapidamente.

Quais são os erros de governança corporativa e compliance que devem ser evitados?

Ainda que governança corporativa e compliance não sejam mais uma novidade no mercado, existem organizações que não se adaptaram ao novo modelo de exigências e acabam pecando em alguns pontos decisivos. A seguir, conheça alguns dos principais erros que devem ser evitados.

Falta de transparência nos processos

É impossível falar em governança nas empresas, sem pensar nos seus quatro princípios fundamentais — transparência, equidade, prestação de contas e responsabilidade corporativa.

Nesse cenário, para assegurar a credibilidade dos seus processos e prevenir que os eventuais falhas se tornem um escândalo, é importante que se estabeleça padrões rígidos de transparência.

Obviamente a empresa não precisa revelar informações valiosas da sua produção, ou seja, o segredo industrial, mas o perfil do investidor e clientes modernos exige uma clareza nas ações da companhia.

Seja pela sua conformidade com a lei, a forma como ela lida com seus contratos e obrigações, sua preocupação com o meio ambiente e com a redução das desigualdades, acima de tudo a empresa deve seguir as regras do jogo de forma efetiva, e não fingir que as obedece, simplesmente.

Hoje, o fato de uma organização admitir que errou e se esforçar para corrigi-lo faz com que ela ganhe muitos pontos para sua imagem.

Falta de profissionalismo nas decisões

Uma característica bastante comum entre as empresas brasileiras é o modelo de gestão familiar. E em princípio, isso não afeta em nada a confiabilidade de condutas, desde que o profissionalismo e conhecimento técnico prevaleçam nas suas decisões.

Por esse motivo, outro erro que pode repercutir de maneira negativa é deixar que as relações de parentesco sobreponham a governança corporativa.

Negócios pautados por normas e condutas transparentes jamais podem deixar que relações pessoais desestruturam o ambiente e a sua credibilidade.

Ausência da meritocracia

A meritocracia é uma diretriz que anda de mãos dadas com a governança corporativa. Isso porque ela garante que os interesses do negócio sejam sempre colocados como prioridade em detrimento dos proveitos particulares. Mas como isso se configura na prática?

Uma gestão que se orienta pelas boas práticas empresariais, não vai oferecer, por exemplo, um cargo e em função de troca de favores ou parentesco. A capacidade técnica vai sempre prevalecer.

Por isso, a conquista pelo mérito deve ser considerada como um pilar da governança corporativa e compliance. Afinal, esse erro pode resultar em falhas na execução das atividades ou tomada de decisões prejudiciais ao negócio.

Falta de fiscalização

Outro erro fatal para que a gestão da empresa possa, de fato, ser transparente e alinhada com os ideais da governança é a falta de fiscalização e órgãos internos de controle, como conselhos de administração fiscal, controladoria, setor de relacionamento com investidores.

A ideia é que, não adianta ter padrões de condutas rígidas e código de ética, se não há nenhum mecanismo para fiscalizar o cumprimento das regras.

Do contrário, isso pode gerar uma sensação de impunidade, e comportamentos inadequados que venham a manchar a imagem da empresa perante algumas entidades.

Governança corporativa e compliance estão entre os principais critérios de escolhas utilizados quando investidores qualificados, que buscam organizações que oferecem menos riscos para aplicarem seus recursos.

Vale lembrar que as informações colhidas por esses conselhos internos também são uma ótima forma de comprovar a transparência e a competência da empresa.

Qual a importância da tecnologia para a governança corporativa e compliance?

O apoio de recursos tecnológicos modernos representa um reforço crucial para o controle e gestão de boas práticas e governança corporativa nas companhias.

Ao contrário do que muitos podem imaginar, a tecnologia é uma peça-chave para viabilizar as iniciativas da empresa nesse sentido, como no monitoramento de dados, treinamentos, e avaliação de riscos, testes e emissão de relatórios.

O uso de sistemas inteligentes vai fomentar a análise de dados dentro da cultura de governança empresarial, aumentando a competitividade e a eficiência na compreensão das informações.

Assim, há um ganho significativo em agilidade no tempo de respostas, no fornecimento de novos insights e na facilidade para a tomada de decisão.

Nesse cenário, também não podemos deixar de mencionar os frameworks de segurança, que fornecem soluções especializadas para proteger sua infraestrutura, aplicações e dados mais sensíveis identificando possíveis vulnerabilidades.

Como a It-eam pode ajudar neste sentido?

A iT-eam é uma empresa de consultoria na área de tecnologia, comprometida em oferecer aos clientes soluções de alta qualidade. Com o auxílio de profissionais qualificados, a iT-eam se consolidou como um expoente nesse mercado, e atualmente oferece serviços de:

segurança da informação;
gestão de ativos;
Analytics;
Internet das coisas (IoT);
Inteligência Artificial (IA).

Ao longo dos seus anos de atuação, a empresa já obteve inúmeros cases de sucesso, com clientes dos mais variados setores, e vai contribuir para uma gestão de pontos estratégicos do seu negócio, aumentando a eficiência dos processos.

Como você pôde ver, investir em boas práticas de governança corporativa e compliance é um processo essencial para empresas que desejam crescer e se tornar autoridade não apenas dentro do seu segmento, mas no mercado como um todo.

Embora essa política seja construída a longo prazo e conforme o desenvolvimento do negócio, é indispensável ter regras e direcionamentos bem definidos desde o início.

Gostou do artigo? Agora que você já entendeu a importância da governança corporativa e compliance para os resultados da sua empresa, aproveite para entrar em contato com a iT-eam e conhecer algumas das melhores soluções para essa área.