1. Introdução

Um dos maiores objetivos da gestão da segurança da informação é conhecer os principais tipos e cuidados contra ataques cibernéticos. Dessa forma, é possível desenvolver estratégias para se prevenir adequadamente a fim de não prejudicar a empresa interna e externamente.

Com a evolução tecnológica proveniente da transformação digital nas organizações, aumentam também os crimes virtuais — ficando cada vez mais sofisticados. Nesse sentido, algumas práticas de segurança são indispensáveis para evitar esse tipo de problema.

Pensando nisso, reunimos uma lista de dicas e informações para você se proteger contra ataques cibernéticos tanto em 2023 quanto para os anos posteriores. Confira.

2. Os principais ataques cibernéticos

Conhecer as principais abordagens utilizadas pelos cibercriminosos é o primeiro passo para desenvolver uma estratégia de proteção eficaz para sua instituição. Veja quais recursos ilegais são utilizados para prejudicar o funcionamento das organizações.

2.1. Backdoor

É uma variação do cavalo de troia (trojan) que concede ao invasor o acesso ao sistema infectado por meio de uma invasão remota. Dessa forma, o hacker consegue alterar e apagar documentos, executar programas, instalar aplicações maliciosas e disparar e-mails em massa em nome da empresa.

O backdoor foi desenvolvido justamente para acessar brechas em sistemas de gestão e de rede. Em geral, é instalado e integrado pelo próprio desenvolvedor do app e nem sempre é perigoso, pois inicialmente é utilizado para fins de atualizações e manutenções. Contudo, pode deixar a segurança de dados vulnerável por permitir que criminosos invadam o sistema.

2.2. Phishing

O phishing (pescaria) é uma abordagem criminosa dentro da linha de engenharia social digital que abusa da confiança de usuários para roubar seus dados. O hacker se passa por uma marca legítima para ludibriar a vítima. Esse procedimento pode ocorrer de diversas maneiras, seja em links de e-mails falsos, seja em conversas realizadas em mensageiros instantâneos ou SMS.

O objetivo é sempre o mesmo: roubar dados sigilosos. Por exemplo, você pode receber uma mensagem supostamente do seu banco, pedindo que clique em um link suspeito ou insira informações confidenciais. Assim, seus registros são roubados.

2.3. Manipulação de URL

O ataque por manipulação de URL é praticado por cibercriminosos para permitir que o servidor libere acesso às páginas que eles não têm autorização para navegar. Todos os sites apresentam áreas restritas a usuários credenciados.

Nesse sentido, o hacker altera a URL para acessar a página e extrair todos os dados do usuário que só ficariam disponíveis após realizar o login por meio de senha pessoal e intransferível.

Também existe a possibilidade de terceiros fazerem o site corporativo tratar um acesso por meio de caracteres não cogitados pelo desenvolvedor. Assim, a página emite um protocolo de erro que poderia eventualmente propagar dados sigilosos.

2.4. Ataque DoS (Denial Of Service)

Também chamado de ataque de negação de serviço é um tipo de abordagem criminosa em que um indivíduo tem a intenção de tornar o hardware indisponível para o usuário, encerrando o funcionamento adequado do dispositivo.

O ataque DoS funciona por meio da inundação ou sobrecarga de um computador com requisições até que o tráfego não seja processado, negando o serviço para demais usuários credenciados. É uma abordagem que se caracteriza pela utilização de um único aparelho para fazer o ataque.

2.5. Ataque DDoS

À medida que o ataque DoS envolve somente um hardware para disparar diversos pedidos de pacotes a um servidor, ele não tem poder para debilitar redes de computadores mais robustas. Para isso, existe um ataque mais avançado, o DDoS (ataque de negação de serviço distribuído).

Esse tipo de ataque ocorre quando hackers invadem o computador mestre da companhia. Em sequência, essa máquina central obriga outros dispositivos a acessarem o mesmo servidor de forma simultânea. O resultado é a sobrecarga de todo o servidor para que fique inutilizado por mais tempo.

2.6. Ataque DMA (Direct Memory Access)

O Ataque DMA permite acesso direto à memória RAM do dispositivo, sem passar pelo CPU a fim de acelerar os níveis de transferência e processamento do computador.

Essa abordagem é utilizada por hackers para acessar registros da memória RAM sem a necessidade de um software específico.

2.7. Eavesdropping

Eavesdropping significa “bisbilhotar”. Nele, o hacker viola a confidencialidade da vítima por meio de sistemas e-mail, mensagens instantâneas, telefonia e recursos de internet. Dessa forma, ele tem acesso a dados para usá-los de acordo com seu interesse.

Um detalhe desse tipo de abordagem é que as informações da vítima não são alteradas, o hacker “apenas” observa os registros para aplicar golpes posteriores.

3. A importância da Segurança da Informação (SI)

Como existem diversos tipos de ataques cibernéticos é preciso definir políticas de acesso e utilização de sistemas e dados para proteger a organização de ponta a ponta. Nesse sentido, a segurança da informação é essencial para garantir tais benefícios. Conheça as vantagens que comprovam a importância da SI para sua instituição.

3.1. Reduz as vulnerabilidades

Reforçar a proteção dos dados torna a companhia mais preparada para lidar com riscos internos e externos. As diversas vulnerabilidades envolvidas na coleta, no processamento e do controle das informações são previstas e tratadas de forma preventiva quando a organização investe em SI. Isso porque é praticada uma cultura de autopreservação, pautada em normas e planos de contingência que agilizam a recuperação de dados quando um ataque se torna realidade.

3.2. Previne prejuízos financeiros e de imagem

A Segurança da Informação também é uma estratégia econômica. Em vez de agir somente após a ocorrência de problemas, a equipe de TI, em parceria com uma empresa especializada em SI, consegue evitar o desperdício de tempo e dinheiro.

Outra condição bastante evidente é o cuidado com a reputação da marca. Uma instituição vulnerável, que lida com indisponibilidades em seu fluxo operacional ou que sofre ataques frequentes, geralmente tem sua credibilidade prejudicada no mercado. Consumidores, fornecedores e investidores perdem a confiança. Logo, a SI é essencial para evitar esse tipo de adversidade.

3.3. Torna o empreendimento mais competitivo

Uma prática de Segurança da Informação eficaz pode elevar a competitividade do negócio. Afinal, a potencialização dos recursos e as políticas de SI beneficia a atuação da equipe de TI. Além disso, blinda as atividades diárias e garante a integridade dos dados a fim de serem convertidos em informações úteis para ações decisivas.

Além disso, a preservação das informações organizacionais torna o negócio mais inteligente. Ao ter dados confiáveis sempre disponíveis, as equipes comerciais e de marketing, por exemplo, podem elaborar estratégias inovadoras para melhorar a captação de clientes e vender mais.

3.4. Beneficia a cultura da melhoria contínua

A proteção efetiva das informações também favorece a criação de uma cultura de SI. Ela fica completa quando os colaboradores, de todos os níveis hierárquicos, conhecem as normas, têm pleno domínio sobre os riscos mais evidentes e colaboram para evitá-los.

Ao implantar boas práticas de SI, a empresa oferece aos profissionais maneiras de lidar com problemas sem surpresas. Tal medida facilita muito a atuação do time de TI, mas também permite a realização de melhorias contínuas em todos os segmentos do fluxo operacional.

3.5. Garante o futuro da companhia

Por fim, companhias que atuam visando longo prazo também conquistam muitas vantagens com uma gestão de Segurança da Informação. Afinal, cada vez mais, os dados terão um valor maior de mercado. E as instituições que se blindam contra ameaças e reforçam seus recursos de acesso e gerenciamento de informações, têm grandes chances de permanecerem relevantes no futuro.

4. Os pilares da Segurança da Informação

A SI funciona essencialmente por meio de seus 5 pilares. Conheça cada um deles a seguir:

  1. Confidencialidade: existe para garantir que os dados estejam disponíveis a usuários credenciados e protegidos contra terceiros. É um elemento fundamental da privacidade, que inclui dados pessoais, registros sigilosos, informações financeiras etc.
  2. Integridade: mantém as características originais dos dados, desde a sua concepção. Logo, não podem ser modificados sem autorização formal.
  3. Disponibilidade: para que sistemas e aplicações institucionais sejam úteis, é preciso que dados e documentos estejam sempre disponíveis. Portanto, a disponibilidade é uma base da SI, que garante acesso a arquivos e registros da companhia em tempo integral.
  4. Autenticidade: corresponde à autorização para acessar, compartilhar e receber informações. Suas ferramentas básicas são logins e senhas, mas também podem ser usadas ferramentas de autenticação para confirmar a identidade dos usuários.
  5. Irretratabilidade: garante que um usuário ou organização não tenha como contestar a autoria dos dados fornecidos, como no caso da utilização do certificado digital para assinar acordos e compras online. É a capacidade de provar o que foi realizado, impossibilitando contradições entre as partes envolvidas.

Toda essa base é indispensável para montar suas políticas de uso de dados e desenvolver estratégias de proteção contra cibercrimes.

5. Como se proteger contra ataques cibernéticos

Os ataques cibernéticos podem ser evitados por meio do desenvolvimento de ações pontuais. Confira o passo a passo a seguir.

5.1. Elabore um Programa de Segurança da Informação (PSI)

O Programa de Segurança da Informação (PSI) precisa ser devidamente idealizado para proteger o seu negócio. Assim, é possível criar boas diretrizes para solucionar problemas com eficiência. Conheça algumas demandas essenciais:

  • determinar prioridades;
  • descrever como cada ocorrência será tratada;
  • definir regras de controle de acesso;
  • elaborar políticas para a utilização de redes externas e aparelhos móveis.

5.2. Eduque seus colaboradores

Engana-se quem pensa que as violações de dados só acontecem por falhas em ferramentas computacionais. Na verdade, muitas ocorrências são desencadeadas por erros humanos por conta da ausência de instruções sobre cibersegurança.

Para evitar tais ocorrências, é válido investir na educação das equipes por meio de campanhas e cursos de reciclagem, abordando assuntos teóricos e práticos sobre riscos digitais, suas consequências e como agir diante de problemas.

Outra prática interessante é elaborar políticas sobre a utilização de dispositivos móveis em tarefas corporativas e acessos a sistemas, além de boas condutas para aprimorar a proteção dos canais de comunicação.

5.3. Conte com os parceiros e as ferramentas certas

Algumas companhias não estão prontas para lidar com a proteção efetiva de ataques cibernéticos por conta da baixa maturidade digital. Nesse sentido, a solução mais estratégica e produtiva é buscar uma parceria com expertise e recursos de ponta para proteger a sua instituição. A propósito, não é à toa que a terceirização de TI está em alta.

Contar com o auxílio de uma marca experiente para identificar e lidar com vulnerabilidades é a melhor forma de evitar problemas maiores. Além disso, não deixe de investir em sistemas e ferramentas de qualidade, já reconhecidas no mercado.

5.4. Mantenha seus softwares atualizados

Os cibercriminosos estão cada vez mais sofisticados e as invasões virtuais estão gerando consequências cada vez maiores. Nesse sentido, é importante manter os softwares atualizados sempre com a última versão. Assim, você garante que os programas estejam sempre otimizados e livres de vulnerabilidades.

Além disso, os updates são indispensáveis para a implementação de novos patches de segurança, permitindo que os sistemas sejam capazes de detectar e combater novas ameaças.

5.5. Faça backups periódicos dos arquivos

Com os dados no centro das atividades organizacionais, um ataque pode derrubar todo o funcionamento do negócio. Para evitar esse problema, é preciso fazer cópias de segurança de arquivos.

A recomendação é elaborar um cronograma de backups automatizados. Dessa forma, seu time pode continuar trabalhando enquanto recursos autônomos salvam as informações em uma área segura.

5.6. Proteja suas redes e bancos de dados

Por meio de recursos VPN você cria um ambiente virtual seguro para suas redes e bancos de dados, mesmo quando os acessos aos softwares corporativos são feitos a partir de uma rede doméstica.

Essa ferramenta é indispensável quando a organização tem profissionais que atuam remotamente e o compartilhamento de informações sensíveis é feito com frequência. Nessa área privada, a probabilidade de vivenciar um ataque cibernético é reduzida, beneficiando também a atuação da própria equipe de TI.

6. Conclusão

Como vimos, conseguir um nível elevado de cibersegurança é uma missão e tanto. Os riscos estão em todo canto e demandam uma visão sistêmica do gestor e de sua equipe. Nesse sentido, saber como se proteger de ataques cibernéticos para este ano e para os posteriores precisa estar entre as prioridades do negócio. Afinal, a prevenção é sempre a melhor estratégia.

As dicas e recomendações expostas são fundamentais para potencializar a Segurança da Informação do seu setor ou empreendimento. Mas existe a possibilidade de fortalecer toda essa conduta a fim de elevar a qualidade e a efetividade de suas atividades para um nível superior.

Uma sugestão é contar com o auxílio de uma marca especializada. Uma boa fornecedora pode avaliar o cenário atual de proteção de dados da sua companhia, fazer diagnósticos e traçar uma estratégia de prevenção eficiente e escalável.

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