“A tecnologia está sempre evoluindo”. Apesar de ser um clichê nas discussões sobre o tema, essa frase resume bem a volatilidade do mercado de soluções digitais. Com mais ferramentas à disposição a cada ano, maior deve ser a preocupação das empresas para se proteger de ataques.
Pensando nisso, preparamos um post especial para apresentar as principais tendências em segurança cibernética. Falaremos das tecnologias que vêm ditando os rumos da proteção dos dados e das redes corporativas em 2020. Acompanhe a leitura!
Avanços na criptografia
Não é apenas a tecnologia preventiva que evolui: os ataques cibernéticos também se tornam cada vez mais sofisticados. Por isso, avanços na criptografia de dados são necessários para garantir a proteção dos sistemas.
Isso porque a proteção dos dados do negócio garante que informações confidenciais não sejam comprometidas ou expostas. A criptografia tem progredido neste sentido: antecipar-se às ameaças. Desse modo, além de assegurar a vigilância, as novas tecnologias servem também para automatizar a verificação dos dados.
Inclusive, a criptografia quântica já tem sido discutida. Enquanto o modelo tradicional é um problema matemático, que pode ser quebrado, a opção quântica promete mudar o estado da mensagem, caso o sistema detecte uma tentativa de interceptação. Assim, só o destinatário, com uma chave, conseguirá decifrá-la.
Proteção reforçada contra a violação dos dados
Além de avanços na criptografia, a privacidade de dados é uma prioridade que motiva até mesmo políticas públicas. Com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), as empresas precisarão se preocupar não só com a vigilância às informações, mas também com a transparência em relação ao uso de dados dos clientes.
A LGPD promete ser bastante rigorosa — afinal, as multas podem chegar até mesmo aos 50 milhões de reais. Por isso, a busca por profissionais e tecnologias que tratem da proteção dos dados tende a ser uma das principais preocupações das empresas de 2020 em diante.
Crescimento do machine learning
O machine learning é utilizado diretamente na prevenção aos crimes cibernéticos. Por meio de ferramentas conhecidas como EDR (Endpoint Detection Response), a tecnologia consegue rastrear e responder às falhas no sistema, realizando uma espécie de trabalho investigativo em relação ao problema.
Assim, quando ocorre um vazamento de dados, por exemplo, todas as informações são devidamente registradas, o que permite que a equipe entenda todo o processo. A partir daí, o sistema identifica os melhores meios de prevenir a infraestrutura contra a exploração de vulnerabilidades.
Diversos pontos são vasculhados, como entradas USB, bluetooth, pen drives e até mesmo os e-mails. Esse conjunto de funcionalidades torna o machine learning uma das maneiras mais completas para se proteger contra ameaças virtuais.
Uso cada vez maior da Inteligência Artificial
Os avanços na inteligência artificial introduzem novas tecnologias de aprendizado de máquina para diversos segmentos de mercado. A segurança da informação é um dos setores privilegiados, uma vez que algoritmos estão sendo desenvolvidos para detecção de rostos, processamento de linguagem natural e a identificação de outros tipos de ameaça.
Inclusive, esse avanço significativo da inteligência artificial apresenta um efeito curioso: ela pode ser empregada por profissionais especializados para combater ataques que também são gerados por IA. A tecnologia tem servido para criar malwares e outros ataques, o que exige que as organizações tenham soluções heurísticas avançadas para se proteger contra vulnerabilidades.
Dessa forma, torna-se ainda mais importante contar com parceiros que entendam bastante das tendências em segurança cibernética. Afinal de contas, nada como contar com pessoas que estudam diariamente o assunto para se prevenir contra ameaças cada vez mais sofisticadas.
Automação e integração em segurança da informação
A automação de atividades de segurança da informação é muito importante para que os colaboradores consigam se concentrar nas atividades-fim da empresa. Com um ambiente bem mais protegido contra vazamento de dados e ciberataques, a produtividade tende a crescer.
Uma dos modos de garantir essa vigilância é por meio de processos ágeis como o DevOps. Por meio desse conceito, as empresas conseguem gerenciar efetivamente os riscos e garantir a disponibilidade contínua dos sistemas.
Fator múltiplo de autenticação (MFA)
Com a pandemia do coronavírus, houve uma enorme convergência das atividades empresariais para o trabalho remoto. Isso originou a necessidade de publicação de alguns serviços organizacionais, além do acesso a outros que já eram devidamente publicados — mas que não eram disponibilizados para todos os profissionais, como é o caso do serviço de VPN.
Como resultado dessas operações, aumentou a exposição dos serviços corporativos. Consequentemente, ataques e roubos de credenciais se tornaram um risco frequente às organizações. Assim, é crucial que elas protejam sua infraestrutura e seus sistemas por meio da implementação de ferramentas que garantam uma segurança elevada no processo de autenticação dos serviços.
O fator múltiplo de autenticação, também conhecido pela sigla MFA, ajuda a mitigar o problema causado pela presença de trabalhadores em outros ambientes além da sede da empresa — como ocorre agora no trabalho remoto.
Isso porque o meio corporativo confere mais segurança para os sistemas, mas o MFA é uma estratégia fundamental quando há uma boa quantidade de funcionários em atividade home office, por exemplo.
Confiança baseada em identidade
Contas on-line e identidades corporativas malprotegidas são algumas das principais vulnerabilidades que expõem a empresa a hackers. Por isso, uma tendência importante para os próximos anos é o uso cada vez mais reduzido das senhas.
Ela será cada vez mais substituída por técnicas de reconhecimento facial e biometria, aproveitando a ascensão das tecnologias de inteligência artificial e machine learning. Segundo uma diretora de engenharia de software da Microsoft, essas medidas são capazes de reduzir em até 99,9% as chances de invasão e roubo de dados.
5G
Algumas operadoras já estão oferecendo o 5G no Brasil, mesmo que o leilão oficial da tecnologia no país ainda não tenha acontecido. Presente em dispositivos móveis, tal conexão oferece uma velocidade bem superior à versão anterior.
Contudo, embora o 5G prometa agilidade, é preciso entender que ele também faz com que o ecossistema digital se torne mais complexo. Um exemplo desse novo paradigma é a segurança de rede.
O 5G garante mais velocidade para as conexões corporativas, mas também facilita a ação de hackers e pessoas mal-intencionadas. Nesse sentido, é imprescindível buscar a ajuda de profissionais para implantar medidas de proteção mais reforçadas. Como se não bastasse, a infraestrutura também exigirá medidas extras de manutenção.
Como pudemos ver no artigo, as tendências em segurança cibernética envolvem diversos campos: machine learning, inteligência artificial, criptografia de dados, entre outros. Cabe às empresas reforçar as suas defesas contra ciberataques, cada vez mais perigosos.
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